Medicina Tropical - IOC

Programa de pós-graduação stricto sensu em medicina tropical

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26/10/2023

Qualificação científica a serviço da saúde pública


Maíra Menezes

Pós-graduação em Medicina Tropical do IOC forma profissionais do Hemorio, referência em hemoterapia e hematologia

A cooperação técnica estabelecida entre o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e o Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio) rendeu seus primeiros frutos.

Oito profissionais do Hemorio concluíram o mestrado no Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical do IOC. Até o fim do ano, será realizada a última defesa da turma de mestrado admitida através do acordo firmado em 2020.

Evento com participação dos coordenadores da Pós em Medicina Tropical, Vanessa de Paula e Marco Horta, e do diretor do Hemorio, Luiz Amorim, celebrou formação de profissionais no mestrado. Foto: Gutemberg Brito

“A formação de recursos humanos para contribuir com a saúde pública é parte da missão da Fiocruz, e a parceria entre essas duas instituições do SUS [Sistema Único de Saúde] foi muito frutífera. Tivemos trabalhos defendidos de alta qualidade e vemos que a pós-graduação fortaleceu a abordagem científica, na forma como os alunos compreendem questões, buscam o conhecimento e analisam os dados”, afirmou a coordenadora do Programa de Medicina Tropical, Vanessa de Paula.

“Essa cooperação foi fundamental. As dissertações produziram dados importantes para o Hemorio, que vão beneficiar a população. A presença de mais profissionais com pós-graduação no nosso corpo clínico e funcional vai possibilitar fazer mais estudos e melhorar o atendimento aos pacientes”, pontuou o diretor do Hemorio, Luiz Amorim.

Entre as dissertações defendidas, estão estudos que investigaram a ocorrência de infecções que não fazem parte dos exames de triagem realizados em doadores de sangue, incluindo dengue, Zika, chikungunya, citomegalovírus e bartonella. Além de contribuir para o conhecimento sobre a prevalência desses agravos, que podem ser assintomáticos, os trabalhos produziram dados que ajudam a reforçar a segurança das doações de sangue.

Infecções que são rotineiramente investigadas no momento da doação de sangue, como doença de Chagas e sífilis, também foram alvo de estudos, que revelaram o perfil de indivíduos infectados, produzindo informações relevantes para a orientação de políticas públicas de saúde. 

Estudos foram desenvolvidos nos laboratórios do Hemorio e do IOC. Fotos: Acervo

Um trabalho desenvolvido teve papel ainda na adoção de novos procedimentos de diagnóstico para o SARS-CoV-2 em pacientes atendidos no Hemorio. O estudo analisou amostras referentes a 1,6 mil indivíduos e confirmou a possibilidade de usar saliva no diagnóstico em pacientes com distúrbios da coagulação, que têm risco elevado de sangramento nos procedimentos de coleta de swab nasal. 

Dois profissionais do Hemorio estão atualmente matriculados no doutorado do Programa de Medicina Tropical através do acordo de cooperação. As teses devem ser concluídas em 2025.

Sobre o Hemorio

Referência em hemoterapia e hematologia, o Hemorio atua na coleta e distribuição de sangue para mais de cem hospitais públicos do Rio e coordena a rede pública estadual de serviços de hemoterapia e hematologia. 

A unidade é responsável pela testagem de todo o sangue doado no estado e pela preparação dos componentes sanguíneos. A avaliação de histocompatibilidade, necessária para qualquer tipo de transplante de órgão no estado, também é atribuição do instituto.

Na assistência, o Hemorio mantém um hospital que atende milhares de pacientes com doenças do sangue, incluindo hemofilia e outras coagulopatias, doença falciforme e cânceres sanguíneos.

O papel do instituto na saúde pública foi discutido por Luiz Amorim em recente sessão do Centro de Estudos do IOC. Confira:

*Edição: Vinicius Ferreira

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