Medicina Tropical - IOC

Programa de pós-graduação stricto sensu em medicina tropical

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11/10/2013

Os desafios da febre amarela enzoótica no Brasil


Vinicius Ferreira

Palestra, que sera ministrada pelo pesquisador Paulo Sabroza, da Escola Nacional de Saúde Pública, inicia as atividades da disciplina da Pós-graduação em Medicina Tropical. Evento acontece dia 14/10, às 10h

O Instituto Oswaldo Cruz, representado pelo Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Medicina Tropical, convida pesquisadores e estudantes para a aula inaugural da disciplina ‘Determinantes ecológicos da dinâmica das doenças transmitidas por vetores’. O encontro receberá o pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz), Paulo Sabroza, para debater sobre ‘Os desafios da febre amarela enzoótica no Brasil’. O evento é gratuito e acontece na próxima segunda-feira, dia 14/10, às 10h, no auditório Emmanuel Dias, do Pavilhão Arthur Neiva, no campus da Fiocruz, em Manguinhos (Av. Brasil, 4365 – Rio de Janeiro).

Especialista em epidemiologia de doenças transmissíveis e em vigilância e saúde, Sabroza abordará tópicos, como: ‘Modelos de vigilância epidemiológica da febre amarela no Brasil: urbana e selvática’; ‘Os grandes processos epidêmicos identificados de 1930 a 1990 em termos de frequência de casos, distribuição geográfica e difusão espacial’; além das ‘Questões relativas à incorporação do monitoramento de morte de primatas não-humanos na vigilância da febre amarela’; e as ‘Características do processo epidêmico epizoótico de febre amarela no último período de transmissão (2009-2011) nas regiões Sul e Sudeste do Brasil’.

De acordo com uma das coordenadoras da disciplina e pesquisadora do Laboratório de Transmissores de Hematozoários do IOC, Nildimar Honório, a palestra possibilitará um maior aprofundamento sobre os principais desafios da febre amarela enzoótica no país. “Nos últimos anos, é possível perceber uma mudança no padrão de dispersão dos casos da doença para áreas de maior adensamento populacional, a partir das bacias hidrográficas e dos distintos biomas brasileiros. Este fato aponta novas questões de vigilância epidemiológica e manejo de doenças emergentes, tema central da disciplina”, explica a especialista, que que divide a coordenação da disciplina com Cláudia Codeço, do Programa de Computação Científica da Fiocruz (PROCC).

No Brasil, a febre amarela selvática é enzoótica, atingindo várias espécies de macacos distribuídas em grande parte do território nacional, exceto em regiões de Mata Atlântica. Os sintomas mais freqüentes nesses animais são hemorragias, apatia e febre, com alto índice de letalidade.

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